quarta-feira, 26 de março de 2008


- Viste como os olhos enganam a alma vossa? Só porque não vês, não quer dizer que não esteja aí contigo.
- Mas não quero ter de fechar os olhos pra sentir-te. Quero-te aqui.
- O sol queria a lua, mas agüenta o fado de tê-la longe.
- Mas eu não sou o sol! E nem quero ser! Também não quero ter a lua! Quero apenas ter-te dentro de um abraço casto. Só a ti, quem me conforta os prantos com palavras doces e carinhos ternos.
- Tudo na vida tem sua lição. Quero que aprendas essa: Não dependes de mim. Podes ser feliz comigo apenas em pensamento. Em idéias. E assim, quando eu aí chegar, o abraço casto e o carinho terno serão mais longos e com mais paixão relembrados.



- Vês como és ingrata comigo, ó Vida? Por essas estradas posso vagar até o fim da existência minha, mas amor tal qual o dele, ninguém poderá me dar. Corações não são cópias. São únicos neles mesmos, sabendo que ainda assim, hão de ser completados um dia. Mas choro, ó Vida. Sim, choro. Por saber que muitos corações são esquecidos por essas mesmas estradas... E seus complementos jamais serão encontrados... Não pelos que lhe são de direito.
- Não penses assim meu anjo. Ele há de voltar. Mas desta vez, estejais a esperar na janela de seu palácio, para que não o percas novamente, e fiques aí a se lamentar para mim, que por teu sofrimento não tenho culpa alguma. Vocês é que teimam em empurrar a outrem, culpas que não os convém.



P.L.dA.C.


Foto: www.olhares.aeiou.pt

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