segunda-feira, 11 de maio de 2009

              ''..Help me believe in anything, 'cause I wanna be someone who believes..''


       Podia ser uma praia, um bar vazio com aquelas máquinas velhas que tocam músicas mais velhas ainda. Podia ser uma calçada que desse pra uma praça com banquinhos brancos e árvores podadas de forma arredondadas e aqueles postes de ferro moldado. Podia ser a vista de um precipício, de uma rocha muito alta que desse pro mar. Podia ser até um gramado bem mantido, descoberto pra que pudesse olhar pro céu sem nada que atrapalhasse suas interpretações das estrelas e de seus milhões de pensamentos.
       Eram muitos. Turbilhões de palavras chaves e de sentimentos impedidos que surgiam e se materializavam em lágrimas. Não todas de tristeza. Não todas de alegria. Mas todas por um só motivo. E as nuvens se abriam como se ela as pedisse pra que fizessem isso. Mas não pedira. Pelo contrário até, preferia que elas ficassem lá e acompanhassem, deixassem o céu nublado como sua mente. Mas a lua estava perfeita e clara, e limpa e enorme. Tão enorme quanto sua vontade de gritar. Gritar qualquer coisa sem sentido, mas que a deixasse livre de tudo aquilo. Limpa pra começar de novo.
       Mas a cidade estava cheia. A rua, movimentada, e sua garganta.. Cansada de soluçar.


              "..Believe me, 'cause I don't believe in anything..''

Um comentário:

CArina CAmila disse...

Adoroo poema assim..
descritivo..rs

Adorei seu mundo Ana.
;)