terça-feira, 12 de maio de 2009


         Hoje não há terceira pessoa. Uma outra se foi e por isso, talvez, a terceira tenha ido junto com ela. Explicações são desnecessárias diante de certos fatos. Atitudes valem mais que palavras, e uma não atitude vale mais que ambos. Aqui, hoje, há só uma fulana como tantas diante de seus diários.

         A noite foi passada em claro, comigo tentando entender o porquê de ter sido assim. Depois das três, desisti.

         "Aquilo é passado'' eu disse. Mas não era eu dizendo. Era a terceira pessoa. Não que essa terceira não seja parte da primeira que eu sou, só que como primeira, quero me pôr em primeiro lugar de novo. E para isso, os sonhos utopicamente realizáveis da terceira precisam cochilar. Talvez leve, talvez por longos dias e noites. Talvez cochile tanto que fique esquecida por uma dessas camas de pensamentos..

         Mas se um dia voltar, dependendo do dia, da hora e do lugar, ela possa ficar ou se retirar.

         Se você que lê puder olhar fundo, como um tal colecionador de olhares, vai saber que no meu, há uma terceira menina pulando e dizendo ''não vá que eu te quero aqui''.. Mas você não é, e por isso não sabe.

         Por isso ela vai embora.

         A utopia sempre perde pra racionalidade.

Um comentário:

CArina CAmila disse...

porque a terceira sempre sonha demais, mais?
E a primeira teima em tentar ser racional ou emocional demais?
pelo menos no meu caso é assim..