sexta-feira, 28 de novembro de 2008


            'Hoje eu queria ver o pôr do sol. Mas nem tudo pode ser do jeito que queremos, certo? O tempo amanheceu nublado.. De tarde abriu um solzinho.. Depois fechou novamente. Não reclamo. Gosto de tempo nublado. Mas hoje eu queria ver o pôr do sol. Se não tem sol, não tem pôr do sol.. E eu fico aqui na vontade. Na saudade.

            'É. Bem isso que eu to sentindo. De algo que eu ainda nem deixei totalmente. Começo a sentir um vazio, que, em termos, só deveria sentir ano que vem.. No período em que deveriam começar as aulas..Não achei que fosse ser tão.. Tão estranho. É bem essa a palavra.. Estranho. Sentir falta de pessoas que nunca pensei deixar entrar na minha vida. Pessoas que não têm nada a ver comigo e que até, talvez, tenham criticado meu jeito de ser de modo pejorativo algumas vezes.. Hoje vão embora com um pedacinho do meu coração. Queria bem poder guardar a todos num potinho.. Não como nesses filmes macabros ou em potes com formol.. Como em filmes de fadas ou de magia, onde magos e feiticeiro podem guardar lembranças em bolas de cristal ou grandes jarros brilhantes e multicoloridos.. Assim teria certeza de nunca mais me esquecer de vocês.. Não minto. Talvez isso aconteça. Esquecer faz parte da vida. Não amanhã ou daqui a duas semanas. Mas em quatro anos, cinco.. Será que ainda vou lembrar de vocês como hoje? Tenho medo de querer puxar na memória seus rostos e só vir uma frase.. Um bordão.. Um flah rápido.. Do que estou reclamando? É mais que suficiente.. Pra mim, que mal saio de casa e já esquei o que comi, lembrar de vocês daqui a cinco anos será o melhor. E sentir aquela saudade. A mesma que eu sinto hoje..

sexta-feira, 21 de novembro de 2008


"Amizade é igual saúde.. A gente só dá valor quando perde..’’

Será? 2008 tá acabando. Mais uma etapa de fim, e mais uma de recomeço. “Todo fim é um novo começo” ele disse.. “Todo fim é um novo começo..” Mas nessa de recomeçar.. Inovar.. Renovar.. Eu me esqueci que certas coisas ficam pra trás.. Como as brincadeiras bobas.. Como as atitudes bobas.. Como as saídas bobas e as conversas bobas.. Tudo justificado pela idade.. Pelos amigos.. Pela adolescência.. Agora somos quase adultos.. Serão apenas aquelas –chatas- brincadeiras adultas.. Atitudes adultas.. Saídas adultas.. Conversas adultas.. E bate um medo. Bate o medo do dia em que eu vou me ver falando: “Não.. Isso é brincadeira de criança..”Bate o medo daquela foto com sorriso forçado, com o colarinho da blusa engomada, com o salto alto do mundo cinza que nos espera.. Bate o medo de esquecer que um dia eu fui feliz e não sabia.. Mas aí eu balanço a cabeça e me lembro que aos 17 ano eu tive os melhores amigos que alguém poderia ter.. O melhor último ano que alguém poderia ter. Que com aqueles amigos eu aprendi que o coração é a última coisa que envelhece.. Que eu aprendi a não ter vergonha de me pegar rindo sozinha no meio da rua porque lembrei de uma palhaçada ou de um tombo.. Foi por eles que eu perdi a vergonha de chorar em público e mandar todo mundo ir se danar se, se incomodam com meu choro, seja ele de alegria ou de tristeza. É meu, e eu choro quando eu quiser. Foi com eles que eu deixei se abrir meu sorriso espontâneo, meu fora sem jeito ou me deixei abraçar porque havia acabado de descobrir que amigo não é aquele que é igual a você no jeito de falar, de vestir ou de agir.. Mas no jeito de sentir..




EU AMO VOCÊS!
3001 pra sempre no meu coração.
=')